Este é uma pequena parte do meu trabalho de conclusão do curso de pedagogia. O qual concluirei no segundo semestre de 2014.
Este trabalho de pesquisa
contém a busca pela informação sobre a transição entre o assistencialismo e a
educação ocorrida num período de tempo entre a década de 60 e os dias atuais.
Procurando compreender os desafios superados e os que ainda deverão ser ultrapassados.
Por que mundo moderno traz consigo a introdução da mulher no mercado de trabalho, a
pessoa que tomava conta dos filhos e dos afazeres domésticos passa a ocupar seu
lugar na economia, com isso surge à necessidade de um espaço com pessoas que
pudessem cuidar das crianças enquanto as mães faziam suas longas jornadas de
trabalho. A luta por creches para as mães que trabalhavam veio por
reivindicação de movimentos operários, assim as creches atendiam apenas as
necessidades das mães trabalhadoras, no caso a população de baixa renda.
Oferecer
cuidados as crianças era entendido como um favor as mães, e o atendimento
baseavam-se em características assistencialistas sem considerar a criança como
um sujeito de direito.
Na
década de 1980 com o surgimento de pesquisas sobre a importância das creches,
passa-se a entender que a educação das crianças é fundamental para o seu desenvolvimento, e que independente
de sua classe social o acesso a educação infantil é indiscutível.
Nesta
pesquisa pretende-se abordar a Educação Infantil Municipal de Campinas de 0 a 3
anos, o processo da ação assistencialista para educacional, refletindo quais
concepções predominam nas praticas educativas da rede Municipal de Educação Infantil
na perspectiva dos educadores das crianças de 0 a 3 anos.
O interesse
por esse assunto começou a partir do 3º semestre quando estudou-se a legislação e consequentemente um
pouco da história da educação infantil no Brasil. No semestre seguinte, quando
iniciou-se o estagio supervisionado com foco na creche partimos para o estudo
da pratica e da vivência profissional, enquanto
monitora de educação infantil na Prefeitura Municipal de Campinas, foi
possível um certo distanciamento e a construção de um novo olhar para a
perspectiva do cuidar e educar, nesse momento desperta o interesse em estudar e
entender as praticas existentes hoje. Desde
então objetiva-se conhecer a historia da Educação Infantil de Campinas para
entender as praticas atuais e saber como se deu o processo de mudança nas
administrações das creches, do assistencialismo para o sistema de Educação
atual.
O
que fundamentou esse processo de transição foram as leis onde em 1988 a
constituição federal passa a assegurar como direito da família o acesso das
crianças a creche, e como dever do estado oferecer esse serviço a população.
Na inicio da década seguinte, em
1990 o ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente) , vem reafirmar o direito já
concedido na constituição em relação a educação infantil. Em 1994 o MEC fez a
publicação de um documento denominado Política Nacional de Educação Infantil,
nele continha metas de expansão de vagas, um atendimento de melhor qualidade
direcionado as crianças e a necessidade da qualificação dos profissionais
envolvidos na área.
Já em 1996 com a promulgação da
emenda constitucional que criou a lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB),
o artigo 62 estabelece como necessidade a formação acadêmica do profissional
relacionado à área da educação infantil.
O Currículo em Construção nos fala
que “é fundamental a qualquer
profissional da educação entender o significado de todas as suas ações”. É
necessário que todos os envolvidos na educação se apropriem de forma adequada
de todas as praticas relacionadas ao desenvolvimento do ensino, portanto é
indispensável o conhecimento de todos os atos praticados na vida escolar do
aluno com embasamento teórico e assim buscar razões e argumentos sólidos para
as duvidas das praticas educacionais.
A busca na historia social e a
comparação com o presente, faz com que possamos identificar as mudanças e as
permanências do currículo na rede Municipal de Campinas.
Hoje a criança tem direito a
educação desde os quatro anos, mas antigamente não era assim, a educação ficava
por conta da família, e o direito a creche era da mãe trabalhadora e não da
criança, diferentemente dos dias atuais, que quem tem direito é a criança e não
mais a mãe.
Entender o processo de mudança
dentro das instituições de ensino além de apontar a causa de muitos problemas,
é também a melhor forma de conhecer como funciona o ambiente escolar, e assim
esclarecer nossos próprios conflitos e fazer com que sejamos agentes
colaboradores para o futuro da educação infantil.
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