quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Este é uma pequena parte do meu trabalho de conclusão do curso de pedagogia. O qual concluirei no segundo semestre de 2014. 

Este trabalho de pesquisa contém a busca pela informação sobre a transição entre o assistencialismo e a educação ocorrida num período de tempo entre a década de 60 e os dias atuais. Procurando compreender os desafios superados e os que ainda deverão ser ultrapassados.
Por que mundo moderno traz consigo a introdução da mulher no mercado de trabalho, a pessoa que tomava conta dos filhos e dos afazeres domésticos passa a ocupar seu lugar na economia, com isso surge à necessidade de um espaço com pessoas que pudessem cuidar das crianças enquanto as mães faziam suas longas jornadas de trabalho. A luta por creches para as mães que trabalhavam veio por reivindicação de movimentos operários, assim as creches atendiam apenas as necessidades das mães trabalhadoras, no caso a população de baixa renda.
Oferecer cuidados as crianças era entendido como um favor as mães, e o atendimento baseavam-se em características assistencialistas sem considerar a criança como um sujeito de direito. 
Na década de 1980 com o surgimento de pesquisas sobre a importância das creches, passa-se a entender que a educação das crianças é fundamental  para o seu desenvolvimento, e que independente de sua classe social o acesso a educação infantil é indiscutível.
Nesta pesquisa pretende-se abordar a Educação Infantil Municipal de Campinas de 0 a 3 anos, o processo da ação assistencialista para educacional, refletindo quais concepções predominam nas praticas educativas da rede Municipal de Educação Infantil na perspectiva dos educadores das crianças de 0 a 3 anos.
O interesse por esse assunto começou a partir do 3º semestre quando  estudou-se a legislação e consequentemente um pouco da história da educação infantil no Brasil. No semestre seguinte, quando iniciou-se o estagio supervisionado com foco na creche partimos para o estudo da pratica e da vivência profissional, enquanto  monitora de educação infantil na Prefeitura Municipal de Campinas, foi possível um certo distanciamento e a construção de um novo olhar para a perspectiva do cuidar e educar, nesse momento desperta o interesse em estudar e entender as praticas existentes hoje. Desde então objetiva-se conhecer a historia da Educação Infantil de Campinas para entender as praticas atuais e saber como se deu o processo de mudança nas administrações das creches, do assistencialismo para o sistema de Educação atual. 
O que fundamentou esse processo de transição foram as leis onde em 1988 a constituição federal passa a assegurar como direito da família o acesso das crianças a creche, e como dever do estado oferecer esse serviço a população.
            Na inicio da década seguinte, em 1990 o ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente) , vem reafirmar o direito já concedido na constituição em relação a educação infantil. Em 1994 o MEC fez a publicação de um documento denominado Política Nacional de Educação Infantil, nele continha metas de expansão de vagas, um atendimento de melhor qualidade direcionado as crianças e a necessidade da qualificação dos profissionais envolvidos na área.
            Já em 1996 com a promulgação da emenda constitucional que criou a lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o artigo 62 estabelece como necessidade a formação acadêmica do profissional relacionado à área da educação infantil.
            O Currículo em Construção nos fala que “é fundamental a qualquer profissional da educação entender o significado de todas as suas ações”. É necessário que todos os envolvidos na educação se apropriem de forma adequada de todas as praticas relacionadas ao desenvolvimento do ensino, portanto é indispensável o conhecimento de todos os atos praticados na vida escolar do aluno com embasamento teórico e assim buscar razões e argumentos sólidos para as duvidas das praticas educacionais. 
            A busca na historia social e a comparação com o presente, faz com que possamos identificar as mudanças e as permanências do currículo na rede Municipal de Campinas.
            Hoje a criança tem direito a educação desde os quatro anos, mas antigamente não era assim, a educação ficava por conta da família, e o direito a creche era da mãe trabalhadora e não da criança, diferentemente dos dias atuais, que quem tem direito é a criança e não mais a mãe.
            Entender o processo de mudança dentro das instituições de ensino além de apontar a causa de muitos problemas, é também a melhor forma de conhecer como funciona o ambiente escolar, e assim esclarecer nossos próprios conflitos e fazer com que sejamos agentes colaboradores para o futuro da educação infantil.

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